A Bielorrússia iniciou uma série de medidas para planear e praticar ataques com armas nucleares. O anúncio foi feito pelo Ministro da Defesa da Bielorrússia, Viktor Khrenin, conforme relatado pela Tass.
«Recebemos hoje a ordem do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas da República da Bielorrússia, Presidente Alexander Lukashenko, para realizar uma inspeção surpresa às forças e bens dos transportadores de armas nucleares não estratégicas», lê-se na nota do serviço de imprensa do Ministério da Defesa da Bielorrússia.
Uma divisão do complexo tático-operacional de Iskander e um esquadrão de aeronaves Su-25 estão se preparando para realizar as missões planejadas, acrescenta Tass. Khrenin disse que durante a inspeção “toda a gama de atividades, desde o planejamento, preparação e uso de ataques táticos com armas nucleares, será verificada”.
O presidente russo, Vladimir Putin, continua a agência russa, anunciou em 25 de março de 2023 que Moscou, a pedido de Minsk, implantará suas armas nucleares táticas na Bielo-Rússia, semelhante ao que os Estados Unidos vêm fazendo há algum tempo no território de seus aliados.
Moscovo entregou o sistema de mísseis Iskander, que pode transportar armas nucleares, a Minsk e ajudou a reequipar os aviões bielorrussos para que pudessem transportar munições especiais. Cientistas e pilotos bielorrussos receberam formação adequada na Rússia. Em 16 de junho do ano passado, conclui a Tass, Putin disse que as primeiras ogivas nucleares russas foram entregues à Bielorrússia e que todo o lote chegaria até ao final de 2023. No final de abril de 2024, Lukashenko anunciou que a Rússia tinha destacado várias dúzia de armas nucleares na Bielorrússia.