Donald Trump está a considerar atacar instalações de produção de cocaína e rotas de tráfico de drogas dentro da Venezuela. A CNN relata isso, citando três autoridades dos EUA.
Ontem, o secretário da Defesa, Pete Hegseth, ordenou que o grupo de ataque de porta-aviões mais avançado da Marinha, actualmente estacionado na Europa, se dirigisse para a região das Caraíbas, no meio de uma acumulação maciça de forças dos EUA e de uma potencial escalada militar.
Trump não descartou a possibilidade de adotar uma abordagem diplomática com a Venezuela para conter o fluxo de drogas para os Estados Unidos, disseram as fontes, apesar de o governo ter interrompido as negociações com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
A Venezuela não é conhecida por ser uma importante fonte de cocaína, mas a administração Trump tentou vincular Maduro ao tráfico de drogas. Quase todo o cultivo de coca está concentrado na Colômbia, Peru e Bolívia.
Num relatório da Administração Antidrogas dos EUA publicado em março, nas quatro páginas dedicadas ao tráfico de cocaína, a Venezuela não é mencionada, citando Equador, México e nações centro-americanas entre os países produtores.
No entanto, a administração Trump continua a afirmar que parte do tráfico de droga passa pela Venezuela e que Maduro foi indiciado em 2020 por acusações federais de narcoterrorismo e conspiração para importar cocaína.
Segundo fontes citadas pela emissora, inúmeras opções foram apresentadas ao Presidente e o planeamento está em curso a nível governamental.
Segundo a CNN, os ataques dentro da Venezuela que Trump está a considerar fazem parte de uma estratégia mais ampla que visa enfraquecer Maduro.