O recém-nomeado primeiro-ministro francês, Sèbastien Lecornu, nomeou um novo governo, que será composto por 34 ministros. Segundo a comitiva de Lecornu, o primeiro-ministro “propôs uma mistura de sociedade civil com perfis de especialistas e jovens parlamentares”.
O executivo inclui vários membros já presentes em governos anteriores, provenientes do campo centrista do Presidente Macron e dos seus aliados conservadores, bem como algumas personalidades de fora da esfera política. O ministro da Economia, Roland Lescure, foi confirmado.
Entre as novidades, a nomeação do prefeito da polícia de Paris, Laurent Nunez, como Ministro do Interior e do chefe da empresa ferroviária nacional SNCF, Jean-Pierre Farandou, como Ministro do Trabalho. Nunez sucede ao conservador Bruno Retailleau, cujas críticas à equipa governamental aceleraram a queda do primeiro executivo de Lecornu.
Os novos ministros com perfil técnico incluem também o alto funcionário Edouard Geffray (Educação Nacional) e Monique Barbut, presidente do WWF França, na Transição Ecológica. Entre as nomeações políticas, estão a confirmação do ministro das Relações Exteriores, Jean-Noel Barrot, e do ministro da Economia, Roland Lescure, além de personalidades de destaque como Gerald Darmanin (Justiça) e Rachida Dati (Cultura). Catherine Vautrin assume o cargo de Ministra da Defesa. Agora a questão é se o novo governo será capaz de superar o voto de desconfiança no Parlamento, que já derrubou os antecessores de Lecornu, o conservador Michel Barnier e o centrista François Bayrou, em menos de um ano.
A líder do nacionalista Rassemblement National, Marine Le Pen, e a esquerda radical de La France Insoumise já anunciaram moções de censura. A principal missão do governo será a rápida apresentação de uma lei orçamental capaz de ser aprovada pela Assembleia Nacional e contribuir para a recuperação da dívida pública, que em Junho atingiu 115,6% do PIB.