O assassinato de Capizzi está sob o escrutínio do Ministério do Interior: Calenda (Ação) pede medidas extraordinárias na Sicília

O assassinato de Giuseppe Di Dio, de dezasseis anos, em Capizzi, na província de Messina, abalou profundamente a opinião pública e reacendeu o debate sobre o crescente clima de violência que afecta muitas zonas da Sicília. Por este motivo, o secretário nacional da Acção, Carlo Calenda, e a gestora nacional do departamento de Legalidade, Sonia Alfano, apresentaram uma pergunta escrita ao Ministro do Interior, pedindo intervenções urgentes e concretas para restabelecer a segurança e a legalidade nos territórios mais expostos ao crime de rua e à infiltração da máfia.

Na pergunta, Calenda e Alfano relembram dois episódios noticiosos recentes que, segundo eles, representam “a ponta do iceberg de uma situação agora fora de controle”: o tiroteio de 1º de novembro em Capizzi, que ceifou a vida de um menino de 16 anos e feriu um jovem de 22, e o assassinato de Paolo Taormina, um jovem de 21 anos morto em Palermo no dia 12 de outubro durante uma briga em frente ao bar da família. Segundo os dois representantes da Action, estes factos confirmam a propagação de comportamentos violentos entre jovens e muito jovens, muitas vezes ligados ou adjacentes a circuitos de crime organizado. Daí o pedido ao Governo para que adopte medidas extraordinárias, reforçando a presença das forças policiais na zona, melhorando a coordenação com as administrações locais e activando “operações de alto impacto” para o controlo de armas e prevenção de crimes violentos.

A questão sublinha ainda a necessidade de reforçar a videovigilância, promover iniciativas para uma vida noturna segura, apoiar as vítimas de crimes e implementar ferramentas como o “Daspo Willy”, que permite aos Comissários da Polícia proibir o acesso a locais públicos a indivíduos violentos ou perigosos. Calenda e Alfano denunciam a “insuficiência gravíssima” das políticas de segurança do Governo, acusado de se concentrar em medidas “puramente punitivas”, como o aumento das penas, em vez de uma prevenção e controlo eficazes do território.

“O assassinato ocorrido em Capizzi é um facto gravíssimo que exige uma reflexão urgente sobre a escalada criminosa que afecta a Sicília – disse Sonia Alfano – Carlo Calenda, secretário nacional de Acção, acaba de apresentar uma pergunta parlamentar para perguntar ao Ministro do Interior quais as medidas que pretende adoptar para restabelecer a segurança e a legalidade nos nossos territórios.

Felipe Costa