Retornos pelo quarto ano consecutivo Festival do Barba Azulum festival de música, teatro e contação de histórias, com um calendário repleto de propostas culturais excepcionais que se realizará, como sempre, em Parque Arqueológico Morgantina (Aidone, Enna), com alguns eventos também na Piazza Armerina e Mazzarino.
O festival subirá ao palco de 1 a 11 de agosto, alternando concertos, apresentações teatrais e encontros culturais. Protagonistas da música de grande autor com Carmen Consoli, Noa, Danilo Rea e o teatro com Tuccio Musumeci e Giuseppe Dipasquale, Giovanni Calcagno e Vincenzo Pirrotta, Silvia Ajelli e Gaia Insenga. Também estão na programação eventos culturais e apresentações de livros, com Felice Cavallaro e Federico Palmaroli “Osho”.
O festival, produzido e criado por Terzo Millennio Progetti Artistici, nasceu de uma ideia de Pietrangelo Buttafuocoleva o nome da Cabeça de Hades, uma das peças arqueológicas mais importantes devolvidas à Sicília após o roubo de Morgantina, rebatizada de Barba Azul devido aos extraordinários cachos azuis de sua barba. A direção artística é assinada por Alberto Samonàescritor e jornalista siciliano, num revezamento ideal com Giuseppe Dipasquale, que editou as três primeiras edições e foi recentemente chamado para dirigir o prestigiado Marche Teatro.
“Uma edição – sublinha o diretor artístico – com prestigiados nomes do teatro e da cena musical nacional e internacional, ainda enriquecida com apresentações de livros e encontros de grande interesse. Acolhi com entusiasmo a proposta de Pietrangelo Buttafuoco, Andrea Peria Giaconia e Giuseppe Dipasquale para dirigir o Barba Azul 2024, porque acredito que é importante redescobrir, com propostas culturais e artísticas de qualidade, os lugares memoráveis da Sicília Central, como é o sítio arqueológico mágico site da Morgantina, que junto com Villa Romana del Casale tem um novo diretor, Carmelo Nicotra. Uma edição apoiada e possível graças ao empenho do Presidente da Região Renato Schifani, a quem agradecemos de coração.”
Lá vamos nós Quinta-feira, 1º de agosto, com Giuseppe Dipasquale, que inaugura Barba Azul, trazendo ao palco La Giara de Luigi Pirandello, representado por Tuccio Musumeci, que celebrou este ano o seu nonagésimo aniversário. A força da máscara, que Musumeci sabe transmitir ao caráter de seus personagens, proporá um novo e desta vez humoristicamente feroz ‘Zi Dima na disputa com seu alter ego adversário, Don Lollò, interpretado por Angelo Tosto.
Na sexta-feira, 2 de agosto, em colaboração com a Câmara Municipal de Aidone, acontece Morgantina Rivive: desde 2005 o Arqueoclube Aidone-Morgantina APS organiza este grande evento no parque arqueológico de Morgantina, já na sua 18ª edição. É assim que a antiga cidade helenístico-romana ganha vida com centenas de figuras que despertam a polis em todo o seu quotidiano normal.
Sábado, 3 de agosto, as frases mais bonitas de Osho: encontro com Federico Palmaroli, inventor e autor da famosa página satírica que há alguns anos se tornou uma das mais seguidas do cenário nacional. Palmaroli “Osho” conversará com Fulvia Toscano, diretora e fundadora do Festival Naxoslegge.
Domingo, 4 de agosto, será a vez de Noa, o famoso cantor, músico e compositor israelense, sempre comprometido com a paz, embaixador da ONU e ativo pelos direitos e pela paz entre Israel e a Palestina. Um concerto para cantar a paz e a não violência em tempos difíceis como estes, arrastados pela força extraordinária deste grande artista do nosso tempo.
Na terça-feira, 6 de agosto, o teatro retorna com Giovanna D’Arco de Maria Luisa Spaziani, direção de Silvia Ajelli, no palco junto com Gaia Insenga. Neste texto Maria Luisa Spaziani reescreve a história da Donzela de Orleans, referindo-se a uma escola de pensamento francesa segundo a qual Joana d’Arc era filha adúltera de Isabel da Baviera, esposa do rei Carlos VI. A música é composta e executada ao vivo por Ermanno Dodaro e Raffaele Pullara. Um projeto de Alfio Scuderi e Silvia Ajelli, em colaboração com o Festival Orestiadi.
O épico de Gilgamesh de Giovanni Calcagno será encenado no teatro na quarta-feira, 7 de agosto, com Vincenzo Pirrotta e o próprio Calcagno: baseado no grande poema sumério/babilônico que conta a história de um jovem rei que, após vivenciar a dor da morte de seu melhor amigo, deixa o trono para ir em busca do segredo da vida eterna. Dois intérpretes excepcionais do teatro italiano para uma narrativa que conta este mito antigo.
Danilo Rea tocará piano na quinta-feira, 8 de agosto: o seu talento envolve o público, abrangendo qualquer repertório, desde os pilares do jazz, passando pelas canções italianas, até às árias de ópera. Com sua sensibilidade musical, seu talento suave e sua força criativa, Danilo Rea molda a melodia, abrindo as portas para infinitas possibilidades que se abrem aos ouvintes. Um espetáculo dinâmico em que a improvisação é protagonista, projetando os espectadores num mundo cujos caminhos ainda estão por descobrir.
Sábado, 10 de agosto, destaque nos livros com a jornalista Felice Cavallaro, que, apresentado por Alberto Samonà, apresenta Francesca: um volume em que há amor e compreensão, compromisso e sacrifício num país em tempo de guerra. Existem amigos e inimigos, batalhas e provações, a vida quotidiana e uma parte importante da nossa história, subitamente interrompida naquele dia trágico de Maio de 1992, ofuscado pelo massacre de Capaci. No centro da cena está uma mulher, Francesca Morvillo, junto com o homem que ela escolheu para ficar perto até o fim, ciente do perigo: Giovanni Falcone. As suas vidas entrelaçam-se na época mais difícil do conflito entre o Estado e a Cosa Nostra.
Grande final no domingo, 11 de agosto, com Terra ca nun senti, o concerto-evento de Carmen Consoli, que alternará canções tradicionais sicilianas com canções de artistas icônicos nascidos na Sicília como Franco Battiato, Rosa Balistreri e a própria Consoli: o conjunto compõe uma grande narração em notas da Sicília com suas paisagens, histórias e personagens, filtrada pelo olhar e pela sensibilidade de Carmen Consoli.
