Viramos a página. O tempo dirá se será uma verdadeira virada e obviamente muito dependerá de quem assumirá o comando do time principal da cidade. Hoje, porém, algo vai acontecer: às 11h30 serão abertos os envelopes relativos às ofertas de aquisição da sucursal desportiva do ACR Messina, após a publicação do edital. O prazo para envio expirou ontem.
A base é representada pela proposta de 200 mil euros apresentada pelo Racing City Group de Justin Davis e Morris Pagniello, que deverá ser representado no Palazzo Piacentini pelo advogado Raimondo Adamo. Haverá alternativas? A curadora Maria Di Renzo verificará se outras ofertas em papel ou eletrônicas foram recebidas. Caso existam outras iniciativas válidas, o concurso será lançado em modo síncrono misto com base na oferta mais elevada. O bem será adjudicado sem que haja mais licitações no prazo de 3 minutos.
Quem assumir o comando, inicialmente a título provisório enquanto se aguarda a concretização das diligências que concluirão o processo, terá de garantir, entre outras coisas, uma garantia de cerca de 640 mil euros para cobertura de dívidas desportivas: uma garantia necessária, juntamente com outros requisitos, para obter a filiação a nível federal. A atribuição do título, aliás, foi excluída do complexo empresarial à venda por razões puramente técnicas. Esse valor terá de ser segurado, embora na prática o valor a pagar deva ser inferior a metade: cerca de 290 mil euros, ou seja, quanto falta pagar por salários e contribuições após a execução da garantia depositada no ano passado na Lega Pro.
Então, aqui estamos. O tempo das suposições acabou e saberemos quem está pronto para investir em Messina e no seu lugar acolhedor, como ficou demonstrado mais uma vez no derby do Estreito. Com números e uma paixão única: mais de 4.000 partidas por um último time (porque penalizado com 14 pontos, caso contrário seria o segundo) na Série D e sem certezas sobre o futuro. Saberemos quem se apresentou e com que propósitos. E também saberemos se os muitos rumores que circularam segundo a tradição em tais circunstâncias terão permanecido assim. Conversa sem saída sobre a única coisa que importa: fatos. Messina está lá, nas mãos do Tribunal, sem bens para tratar, com uma situação financeira clara. Não há atalhos ou interpretações. Você apenas tem que acreditar e provar.
Como fizeram domingo a equipa técnica, a equipa e os homens de boa vontade que mantiveram o negócio vivo nestes meses difíceis. À espera de uma sociedade real.