Mais uma vez o Prémio “Antonello da Messina” – atribuído desde 1998 às excelências culturais que trouxeram prestígio mesmo fora da sua cidade natal, à sua terra natal, Messina e Sicília – renovou os fios que unem Roma, a ilha e a cidade do Estreito. Em nome do grande artista, conforme destacou a presidente da Associação “Antonello” Milena Romeo que promoveu o evento. «Antonello, um pintor extraordinariamente enigmático, cujos enigmas têm raízes profundas», observou a grande escritora Dacia Maraini, convidada de honra da cerimónia, realizada no Fórum da Cultura Austríaca, em Parioli. A escritora recebeu o “Prix Erica” promovido pela Fundação de Genebra “Erica Suater” presidida por Dagmar Reichardt, e o prémio especial “Antonello” pelo conjunto da obra pela sua intensa ligação com a ilha: «Estou feliz com esta noite que me liga à Sicília, onde passei os meus anos de formação». Um vínculo vivo em livros inesquecíveis: «A Sicília do século XVIII que descrevi em “Marianna Ucria” e “Trio”, ambientada durante a peste de Messina, era uma ilha rica e cosmopolita, que comercializava sedas e açúcar», disse o escritor, cujo volume sobre as tradições no mundo é editado pelo Reichardt. Depois a intensa cerimónia de entrega de prémios patrocinada pela Fundação Messina para a Cultura, em conjunto com Cara Beltà e CentoSicilie. O redator-chefe da “Gazzetta del Sud” Nino Rizzo Nervo recebeu o prêmio em memória de seu pai jornalista Gaetano Rizzo Nervo, promotor dos “Amici di Messina” de Roma nas décadas de 70 e 80: «Quando soube do prêmio em memória de meu pai, falecido há 11 anos, senti uma grande emoção também porque muitas vezes nos esquecemos dos mortos, enquanto a Associação Antonello, da qual ele era muito próximo, queria para comemore isso. Lembro-me com prazer de ter conhecido em Roma personalidades como Massimo Mollica, Gino e Mario Landi, Adolfo Celi e sobretudo Gioacchino Toldonato, com quem meu pai animou o grupo Messina”, sublinhou Rizzo Nervo. Vincenzo Morgante, diretor da Tv2000, que como repórter da Rai realizou a última entrevista com o Padre Puglisi, sublinhou a importância do reconhecimento “pela minha Sicília”. A jornalista catanesa Emma D’Aquino, anfitriã da edição das 20h do Tg1, destacou a importância de falar sobre a Sicília. O presidente do Conselho Superior de Saúde, o psiquiatra Alberto Siracusano, emocionou-se e relembrou as suas raízes familiares em Lipari, enquanto a Madonnina del port foi evocada pelo general do GdF e assessor jurídico da Presidência do Conselho Francesco Attardi, na linha de frente contra a fraude e a máfia. O Estreito esteve no centro da comovente mensagem do conhecido estilista Fausto Puglisi, famoso pelos vestidos para Madonna e Pausini, lida por sua tia Rosalba Di Paola. Também vivas foram as intervenções do advogado do Supremo Tribunal, Carlo Vermiglio, que como conselheiro regional da Cultura se comprometeu com a reabertura do Museu de Messina, do diretor geral do Ministério da Cultura Andrea De Pasquale, que se concentrou na memória histórica, do diretor Francesco Calogero, que dedicou a casa de produção ao “Polittico”, do cenógrafo Marco Dentici, que evocou as cores da ilha. Os jovens premiados: a jornalista Andrea G. Cerra e o gestor Francesco Burrascano. Noite animada pelas contribuições musicais do a soprano Michela Marconi e a pianista Emanuele Rizzo, as leituras da atriz Mariella Lo Sardo.
Felipe Costa
Felipe Costa é um apaixonado pela cultura e natureza brasileira, com uma ampla experiência em jornalismo ambiental e cultural. Com uma carreira que abrange mais de uma década, Felipe já visitou todos os cantos do Brasil trazendo histórias e revelações inéditas sobre a natureza incrível e a rica cultura que compõem este país maravilhoso.