«Uma paz justa na Ucrânia é possível». Esta é a mensagem entregue pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ao seu colega russo Vladimir Putin, durante um encontro presencial na capital do Cazaquistão, Astana. «A Turquia continuará a fazer tudo para alcançar a paz. Acreditamos que é essencial, em primeiro lugar, alcançar um cessar-fogo o mais rapidamente possível; com a cessação das hostilidades, serão lançadas as bases para uma negociação que conduza a uma paz justa. Um caminho que acreditamos ser possível”, disse Erdogan a Putin. Putin e Erdogan reuniram-se numa cimeira do “Grupo de Xangai”, uma organização da qual a Turquia é um país observador há 10 anos.
“Israel ameaça a paz global”
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, discutiu a situação no Médio Oriente com o seu homólogo russo, Vladimir Putin. Os dois reuniram-se na capital do Cazaquistão, Astana, por ocasião da cimeira do “Grupo de Xangai”, do qual a Turquia é país observador. «O Presidente Erdogan comunicou ao Presidente Putin que os ataques lançados por Israel a Gaza continuam a ameaçar a paz global, mas sobretudo a estabilidade de toda a região e em particular do Líbano, que acabou na mira de Israel», lê-se num comunicado da presidência, emitida à margem da reunião, na qual se pede a intervenção de “outros países” para evitar a expansão do conflito. Ainda sobre o tema do Médio Oriente, Erdogan comunicou a Putin a firme intenção da Turquia de não permitir o estabelecimento de um Estado terrorista além da fronteira com a Síria e de continuar a luta contra os separatistas curdos do PKK/YPG. Ancara tem um contingente nas províncias do norte da Síria que Putin está a pressionar para que Erdogan devolva à Turquia. Erdogan, pelo contrário, não quer que os curdos regressem às fronteiras turcas e pede que a Rússia intervenha “para alcançar uma paz estável e duradoura”.