A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de produtos à base de fenol e seu uso em procedimentos de saúde ou estéticos. A decisão entra hoje em vigor com a sua publicação no Diário Oficial.
A iniciativa surge após a morte de um jovem empresário em São Paulo, no início deste mês, que havia se submetido a um peeling de fenol. Num comunicado, a autoridade disse que a proibição permanecerá em vigor enquanto investiga potenciais danos associados ao uso do produto químico. “A medida cautelar adotada pela Anvisa – explica-se – visa salvaguardar a saúde e a integridade física dos brasileiros”.
O que é fenol?
O fenol é uma substância química com múltiplas utilizações, também conhecida como ácido carbólico. É amplamente utilizado em diversos setores industriais, como produção de plásticos, desinfetantes, medicamentos e cosméticos. Contudo, seu uso é controverso devido aos potenciais riscos à saúde humana.
Usos industriais e médicos
Na indústria, o fenol é utilizado na produção de resinas fenólicas, utilizadas na produção de materiais plásticos e adesivos. Além disso, é um componente chave na síntese de alguns medicamentos e desinfetantes. Nas áreas médica e estética, o fenol é utilizado em tratamentos como peeling químico profundo, utilizado no tratamento de cicatrizes e rugas.
Riscos e precauções
Apesar de seus benefícios em vários campos, o fenol apresenta vários riscos à saúde. A exposição a esta substância pode causar irritação cutânea, problemas respiratórios e, em casos extremos, danos sistémicos. Os efeitos nocivos são especialmente graves se o fenol for absorvido pela pele ou ingerido.
A resposta das autoridades de saúde
A decisão da Anvisa de proibir produtos à base de fenol destaca a importância de uma regulamentação rigorosa na utilização de produtos químicos potencialmente perigosos. Este episódio levanta questões sobre a eficácia dos controles e regulamentações existentes no Brasil, levando as autoridades a rever e fortalecer as medidas de segurança para proteger a saúde pública.