Por ocasião da Quinta Edição da Conferência Nacional “United for Legalidade”, promovida pela União Nacional de Jovens Contadores e Especialistas em Contabilidade (UNGDCEC), a Fundação TRame ETS recebeu o prêmio “United for Legality”, um reconhecimento nacional atribuído às realidades envolvidas no melhoramento dos assassinatos dos assassinatos.
Pela primeira vez organizada na Calábria, a conferência ocorreu em Cittanova (RC), na presença de representantes das instituições, do mundo profissional e do terceiro setor. Para receber o prêmio, em nome da fundação, foi o presidente Nuccio Iovene, que falou como parte da sessão dedicada ao impacto cultural no território através da reutilização social dos ativos confiscados.
Em particular, a Fundação Tree Ets foi reconhecida como um exemplo virtuoso de aprimoramento cultural da herança confiscada, por ter sido capaz de transformar as feridas deixadas pelo crime em ferramentas de conhecimento, arte e participação civil.
A ocasião desse reconhecimento nasceu em particular da experiência da exposição “Civic Visions – The Art Returned”, com curadoria do Prof. Lorenzo Canova e promovido pela Fundação Treme, juntamente com a Associação de Metamorfose, com o patrocínio do Ministério do Interior. A exposição, inaugurada em 18 de junho de 2024, como parte da décima terceira edição do festival de livros sobre as mafias, exibiu para as obras públicas de arte confiscadas com expoentes de crimes organizados, até agora, em parte, que permaneceram invisíveis.
Entre as peças em exibição, obras -primas autênticas apreenderam duas figuras emblemáticas do submundo italiano – o chefe Gioacchino Campolo, conhecido como “The King of Videopoker”, e Gennaro Mokbel, envolvidos em escândalos relacionados à Banda della Magliana. Essas são obras de grandes mestres do século XX, como Giorgio de Chirico, Antonio Ligabue, Michele Cascella, Marco Lodola, Franz Borghese, até casos de emblemática, como a falsa atribuição de uma pintura a Giorgio Morandi, que testemunha o paradox do crime também como a vítima de sua vítima.
A exposição de Visões Cívicas foi criada pela Fundação Trama com o apoio da Fundação CDP, em colaboração com a Associação de Metamorfose e com o patrocínio do Ministério do Interior.
A iniciativa mostrou fortemente como a arte pode se tornar um poderoso instrumento de redenção e testemunho: uma herança roubada que volta a ser um bem comum, acessível à comunidade através da cultura. Um verdadeiro “retorno simbólico”, que se impôs como um modelo nacional de reutilização civil e cultural de ativos confiscados.
Durante a conferência de Cittanova, a contribuição da Fundação Trama foi indicada como um caso de estudo, como parte de uma reflexão mais ampla sobre o papel estratégico dos profissionais – contadores, especialistas em contabilidade, administradores públicos – no caminho longo e delicado que leva do confisco de um ativo ao seu retorno à comunidade. O reconhecimento recebido confirma o quão central a sinergia entre instituições, entidades do terceiro setor e comunidades locais é dar concretude aos princípios de legalidade e justiça social.
A Fundação Trama, com mais de dez anos de compromisso com Lamezia Terme e Calábria, confirma assim sua vocação para tornar a memória, a arte e o ativismo cultural uma alavanca de concreto para construir um futuro livre das Mafias.