O caso de Aterro Scala Coeli chega em Comissão EuropeiaQue Pasquale Tridicochefe da delegação do Movimento Cinco Estrelas ao Parlamento Europeu, solicitado a saber, através de uma resposta escrita, se vê “violações da legislação europeia em matéria de saúde pública e que ações pretende empreender” para proteger as populações afetadas; se a Comissão iniciou ou pretende iniciar uma “monitorização MTD” específica e, além disso, como avalia a política da região da Calábria “em matéria de resíduos em comparação com as directivas da UE”. O ato de Tridico põe em causa as responsabilidades da Região da Calábria, “no interesse – explica o eurodeputado – das comunidades locais, de salvaguardar a saúde pública e o ambiente num território há muito abandonado culposamente”. A história remonta a 2010, com a autorização regional para a construção do aterro em questão e com a posterior, em 2019, a ampliação até 600 por cento da dimensão. A Região da Calábria, que segundo o juiz administrativo se tinha ultrapassado no exercício das suas funções, permitiu a ampliação anormal da central, apesar, como recorda a pergunta: «da rejeição da despropriedade dos leilões de imóveis do Estado pelo Agência Estadual de Propriedade, confirmada pelo Superior Tribunal de Águas Públicas”; «o parecer negativo da Estrutura Técnica de Avaliação e do departamento regional de Agricultura»; «a ausência de autorização sísmica e a posterior construção de obras ilegais». O eurodeputado Tridico explicou à Comissão Europeia que «o aterro está localizado numa zona agrícola com produção biológica certificada e criação de gado tradicional»; que em 2022 as entregas começaram «em violação do regulamento da Aia, com acesso indevido pela ribeira do Patia e sem estação de tratamento de lixiviados em funcionamento»; que, «no dia 22 de junho de 2023, uma fuga massiva de lixiviados, através de condutas ilegais, contaminou a zona envolvente, desaguando no Mar Jónico». «Dada a obstinada inacção da Região da Calábria – comenta Tridico – caberá à Comissão Europeia tratar do caso, tendo também em conta que a ultrapassagem dos limites de concentração de contaminação de ferro, manganês e sulfatos já foi certificada ».

Felipe Costa
Felipe Costa é um apaixonado pela cultura e natureza brasileira, com uma ampla experiência em jornalismo ambiental e cultural. Com uma carreira que abrange mais de uma década, Felipe já visitou todos os cantos do Brasil trazendo histórias e revelações inéditas sobre a natureza incrível e a rica cultura que compõem este país maravilhoso.