Donald Trump partiu para uma viagem pela Ásia cujo ponto culminante será o encontro na próxima quinta-feira com o Presidente chinês, Xi Jinping. Há expectativa por aquele, ainda não anunciado formalmente, com o líder norte-coreano Kim Jong, que o presidente dos EUA disse querer ver depois de sua última chance em 2019.
Trump se reunirá com Xi em Busan, na Coreia do Sul, no último dia de sua viagem à região, numa tentativa de selar um acordo para acabar com a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Ele também visitará a Malásia e o Japão naquela que será sua primeira viagem à Ásia desde que retornou à Casa Branca.
A bordo do Air Force One, Trump disse aos repórteres que espera uma “reunião muito positiva” com Xi e que a China chegue a um acordo para evitar tarifas adicionais de 100% que entrarão em vigor em 1º de novembro.
Ao sair de Washington, Trump confirmou que queria conhecer Kim Jong Un. «Eu iria encontrá-lo: se quiseres podes espalhar a notícia de que estou aberto» a um encontro, «tive uma excelente relação com ele».
Trump e Kim se encontraram pela última vez em Hanói, no Vietnã, durante o primeiro mandato de Trump. Kim fez ainda saber que está disponível para se encontrar com o Presidente dos EUA caso Washington retire o seu pedido para que Pyongyang desista do arsenal nuclear construído nos últimos anos.
O ministro da reunificação de Seul disse que há uma possibilidade “considerável” de que Trump e Kim se encontrem aproveitando a visita do líder dos EUA à Coreia do Sul.
A primeira paragem de Trump será na Malásia, onde chegará no domingo para a cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), reunião que faltou várias vezes durante o seu primeiro mandato. (AGI)
Uba (continuação)
(AGI/AFP) – Washington, 25 de outubro. – Trump está pronto para assinar um acordo comercial com Kuala Lumpur, mas acima de tudo supervisionará a assinatura de um acordo de paz entre a Tailândia e o Camboja, mais uma etapa na sua busca pelo Prémio Nobel da Paz.
Também está prevista uma reunião com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, para tentar acalmar uma relação marcada por meses de ressentimento. O próximo destino será Tóquio, onde chegará na segunda-feira. Na terça-feira ele se encontrará com a conservadora Sanae Takaichi, que foi nomeada a primeira mulher primeira-ministra esta semana. Trump disse ter “ouvido grandes coisas sobre ela” e elogiou o facto de ela ser seguidora do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, com quem o magnata tinha laços estreitos.
Mas espera-se que o destaque da viagem seja a Coreia do Sul, com Trump a aterrar na cidade portuária de Busan, no sul, na quarta-feira, antes da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC). Trump se reunirá com o presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, almoçará com os dirigentes das empresas sul-coreanas e jantará com os dirigentes das grandes empresas de tecnologia dos EUA, à margem da cimeira na cidade de Gyeongju. Na quinta-feira, Trump reunir-se-á com Xi pela primeira vez desde que regressou ao cargo. Os mercados globais estarão atentos para ver se os dois líderes conseguem pôr fim à guerra comercial desencadeada pelas tarifas de Trump, especialmente depois da recente decisão de Pequim de impor restrições à exportação de terras raras.
Trump inicialmente ameaçou cancelar a reunião e anunciou as novas tarifas de 100% durante a mesma, antes de mudar de ideias mais uma vez. A intenção é discutir também o fentanil com Xi, para que Pequim coíba o tráfico do poderoso opioide e tome medidas contra os cartéis de drogas latino-americanos.
